Volume de Treino Antes de uma Prova: Estratégias e Erros a Evitar

A preparação para uma prova de corrida não se resume a correr o máximo possível. A gestão do volume de treino desempenha um papel crucial para maximizar o desempenho, evitando ao mesmo tempo lesões. Mas como calibrar corretamente este volume antes de uma prova importante? E, sobretudo, que erros cometem frequentemente os atletas nesta fase…


A preparação para uma prova de corrida não se resume a correr o máximo possível. A gestão do volume de treino desempenha um papel crucial para maximizar o desempenho, evitando ao mesmo tempo lesões. Mas como calibrar corretamente este volume antes de uma prova importante? E, sobretudo, que erros cometem frequentemente os atletas nesta fase decisiva?
Gestão do Volume: Um Equilíbrio Delicado

O volume de treino corresponde à quantidade total de quilómetros ou horas que se acumulam por semana. Na fase final de preparação antes de uma prova, é essencial reduzir progressivamente o volume de treino para permitir ao corpo recuperar, mantendo, no entanto, uma intensidade moderada. Este processo é conhecido como tapering.

O objetivo do tapering é permitir que o corpo faça a super compensação, ou seja, integre todo o esforço realizado nas semanas de preparação. Assim, chega-se ao dia da prova fresco e em ótima forma. Um tapering típico começa duas a três semanas antes da prova, com uma redução progressiva do volume entre 20% e 50%, mantendo algumas sessões de intensidade para não perder o ritmo.

Lista de Erros Comuns a Evitar

1. Não Reduzir o Volume Com Antecedência

Muitos corredores hesitam em reduzir o volume de treino por medo de perder a forma física. Este mito leva alguns a manter volumes demasiado elevados até à semana da prova, aumentando assim o risco de sobrecarga e de fadiga no dia da prova. É crucial respeitar o período de tapering para permitir que o corpo recupere totalmente.

2. Excesso de Sessões Intensas

Alguns atletas, preocupados em melhorar o desempenho, sobrecarregam o plano de treino com sessões demasiado intensas nos dias que antecedem a prova. Correm a velocidades próximas das que esperam manter no dia, acreditando que isso os ajudará a “ajustar” o ritmo de corrida. Contudo, este tipo de sessões, tão perto da prova, pode esgotar o corpo, resultando numa quebra de rendimento no grande dia.

3. Correr a Distância Completa ou Mais

Outro erro comum é correr a distância completa da prova, ou até mais, antes do evento. Por exemplo, para uma meia-maratona ou uma maratona, alguns corredores insistem em correr a distância total durante o treino, ou até superá-la. Esta abordagem não só é fatigante, como também aumenta o risco de lesões. É preferível guardar o esforço completo para o dia da prova.

4. Ignorar os Sinais de Fadiga

Na fase final de preparação, é importante ouvir o corpo. Alguns atletas continuam a treinar com intensidade, mesmo com sinais evidentes de fadiga: dores musculares persistentes, falta de energia ou problemas no sono. É essencial reduzir a intensidade ou tirar dias de descanso adicionais para garantir uma recuperação otimizada.

5. Fazer Mudanças de Rotina Demasiado Tarde

A tentação de testar novos ténis, uma nova alimentação ou exercícios pouco habituais é grande antes de uma prova. Contudo, estas mudanças de última hora podem desestabilizar o corpo e provocar lesões ou problemas digestivos. O período de tapering não é o momento ideal para fazer experiências; mantenha-se fiel ao que funcionou durante os treinos.

6. Não Considerar o Aspeto Mental

O aspeto psicológico da preparação é frequentemente negligenciado. Alguns corredores ficam ansiosos com a ideia de reduzir o volume de treino, receando perder a forma. Esta ansiedade pode afetar o sono e a recuperação. É importante adotar uma abordagem mental positiva, focando-se na confiança na preparação e visualizando o sucesso no dia da prova.

Conclusão

O volume de treino antes de uma prova é uma alavanca estratégica para melhorar o desempenho e evitar os erros mais comuns. A redução progressiva do volume, mantendo algumas sessões de intensidade controlada, permite chegar ao dia da prova fresco e motivado. É igualmente crucial estar atento aos sinais do corpo e não ceder à tentação de sobrecarregar os treinos ou fazer alterações de última hora.

Evitar estes erros comuns é fundamental para tirar o máximo proveito do esforço realizado e aumentar as hipóteses de brilhar no dia da prova.

Com esta abordagem equilibrada, garante não só um bom desempenho, mas também um prazer máximo em correr, sem lesões nem fadiga excessiva.

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